15 de março de 2018

O LADO DAS DOENÇAS QUE NINGUÉM TE CONTA | por @beatrissilva



O amanhecer tem diversos significados para diversas situações, calma, minha frase ficou um pouco complexa, mas você irá entender, e acabar compartilhando do mesmo pensamento que eu.
Para um adolescente no ensino médio, amanhecer significa que o horário de acordar, ir para a escola está cada vez mais perto, quem gosta né? É um saco, honestamente! Nas ruas só se veem jovens zumbis indo em direção ao que chamam de prisão, vulgo, colégio. Para um adulto atarefado que foi dormir tarde da noite trabalhando, um vestibulando, um universitário; o amanhecer significa mais um dia de estudo intenso, mais trabalho para outros, uma casa inteira para limpar, alunos desobedientes para causar mais estresse e peso no dia a dia. Todas essas infinitas possibilidades de rotina estressante, compartilha do mesmo sentimento; o desanimo. A rotina monótona tende cada vez mais a causar isso.
Mas, na rua 15, centro de Morretes, Paraná, onde as rotas de aventura se perdem entre a harmonia das montanhas, bosques, cachoeiras e recantos ainda pouco explorados. A pacata cidade do litoral paranaense é um colírio para os olhos e um prazer para a alma de alguém que está doente, que enquanto encara seriamente a imensidão do Rio Nhundiaquara, vê o sol amanhecendo, iniciando mais um dia, um dia a mais de vida, motivo grato para se alegrar por conta do quadro debilitado de um alguém com uma doença em estado terminal. É felicidade por apenas existir ainda, e agora, pelo menos agora é chamado de ¨ alguém¨ não de ¨falecido alguém¨.
A sua existência humana ainda existe, a doença ainda não o levou para um buraco onde jamais veria a luz do dia raiar. É razão de gratidão, por puxar o ar e sentir o elevar do tórax, simbolizando que por mais que há um dia a menos no calendário até a chegada do fim, ainda é mais um dia de vida.

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